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Egocentrismo de Allyson isola aliados e deixa Zenaide longe de sua campanha


O prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), tem um perfil centralizador e egocêntrico que, cada vez mais, afasta aliados importantes de sua gestão. Sua incapacidade de construir parcerias políticas duradouras e seu desejo de ser o único a brilhar nos palanques revelam uma liderança frágil e voltada para o individualismo. Um dos exemplos desse comportamento é o tratamento dado à senadora Zenaide Maia (PSD), uma das principais apoiadoras de sua gestão e vice-líder do governo Lula no Congresso.

Zenaide não apenas colocou seu partido à disposição de Allyson, como também tem contribuído com emendas. Ainda assim, o prefeito ignora a relevância da senadora e prefere apagá-la de seus eventos. O prefeito reforça sua inabilidade em articular com outras lideranças e construir um grupo político sólido.

Um exemplo disso é a escolha do vice, Marcos Medeiros, que é mantido completamente à sombra. A ordem é clara: Marcos deve se limitar a aparecer em eventos para a bolha (com murrinhos e piruetas) sem liberdade sequer para dar entrevistas. Quando foi convidado pela TCM para apresentar suas ideias e propostas, ele simplesmente não compareceu. Sua única aparição pública, em entrevista à Rádio Rural, foi um desastre e desde então, o vice é mantido escondido, sob ordens de Allyson.

O isolamento de Zenaide tem uma explicação política simples e mesquinha. Allyson, com o olho em uma candidatura ao governo do estado em 2026, não quer dividir espaço com ninguém. Ao evitar o envolvimento da senadora, o prefeito se afasta de uma campanha nacional promovida pela direita que pressiona o PSD, partido de Zenaide, a lidar com pedidos de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Allyson, sempre preocupado com sua própria imagem, prefere se distanciar de qualquer desgaste político, mesmo que isso signifique deixar de lado aliados.

Uma postura que não é novidade. Desde o início de sua gestão, Allyson tem colecionado a perda de aliados importantes. Nomes como Fernandinho das Padarias (o atual vice de Mossoró), Tony Fernandes, Paulo Igo, Rogério Marinho, Styvenson Valentim e General Girão foram todos afastados pelo prefeito, que não consegue manter diálogo ou construir pontes com outras frentes políticas. Sua liderança autoritária e personalista já mostra os sinais de desgaste, e é improvável que ele consiga formar um grupo forte em nível estadual para sustentar seus projetos futuros.

O prefeito é um politico que esconde suas posições. Em 2022, ele preferiu ficar em cima do muro na eleição presidencial. A única habilidade política que Allyson teve foi amontoar 14 vereadores de mandato (na pressão) para trocarem tapas entre si, enquanto acomodou seus faroviros no Solidariedade e PSD.