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Profissionais de saúde que atuaram na pandemia são desligados pelo Governo do RN


Em meio à maior pandemia da história moderna, o Governo do Rio Grande do Norte abriu edital para a contratação de profissionais da saúde dispostos a arriscar suas vidas e de seus familiares para enfrentar a COVID-19, um inimigo invisível, sem cura e frequentemente letal. Esses profissionais assumiram a missão de proteger a população, mesmo sem saber se conseguiriam preservar suas próprias vidas.

Durante meses, esses heróis se isolaram de seus entes queridos, enfrentaram a exaustão física e psicológica, e muitos perderam colegas, amigos e familiares na linha de frente. A dedicação foi imensa, e suas ações salvaram milhares de vidas. Entretanto, apesar dos sacrifícios e do compromisso com a saúde pública, os profissionais agora enfrentam uma situação inesperada: estão sendo desligados de seus postos de trabalho, de forma repentina e desumana, através de meras ligações telefônicas.

O governo havia divulgado que os contratos desses profissionais seriam prorrogados até meados de 2025, mas muitos foram surpreendidos com o término prematuro de suas contratações. Para grande parte desses trabalhadores, o emprego era a única fonte de renda e dignidade para sustentar suas famílias. Agora, enfrentam a incerteza sobre o futuro.

A decisão gerou indignação entre os profissionais da saúde e na população em geral. Eles, que durante a pandemia estiveram na linha de frente, arriscando suas vidas pelo bem comum, se sentem desvalorizados e injustiçados. "Não podemos ser descartados dessa maneira. Lutamos por vidas, por um futuro melhor, e agora somos abandonados", diz trecho da carta aberta enviada à imprensa neste domingo (15).

A expectativa é que a governadora Fátima Bezerra e os deputados estaduais do Rio Grande do Norte revisem a medida e mostrem sensibilidade diante da gravidade da situação. A injustiça com esses profissionais que tanto fizeram pelo estado e pela população não pode ser ignorada.