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Opinião - Cadeirada no espinhaço vale a prefeitura de São Paulo?


Por: Ismael Sousa

Essa é a pergunta que me faço. Ontem, enquanto assistia ao debate da TV Cultura entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, confesso que, nos primeiros blocos, achei morno demais. Tão morno que mudei de canal. Mas aí, veio o alerta: “Ismael, o Datena deu uma cadeirada no Marçal!”. Pois é, bastou isso para eu correr de volta ao debate. E por que voltei? Porque gosto de baixaria? Claro que não! Voltei porque, ora, nunca vi um candidato largar o púlpito e, ao melhor estilo WWE, sapecar uma cadeirada no adversário!

Já vi muita coisa em debates, mas isso foi inédito. Um espetáculo bizarro. Algo que nem deveria acontecer, muito menos ser motivo de comemoração. Deixa claro que ninguém ali foi vítima; ambos protagonizaram um show vergonhoso. E isso, meus amigos, não aconteceu em uma cidadezinha pacata de 5 mil habitantes no interior do Seridó. Estamos falando de São Paulo, a maior cidade da América Latina! Um espetáculo circense para o mundo ver e, quem sabe, tomar notas de como não se fazer política.

E o pior: que exemplo estamos dando ao mundo? Depois de descondenarem um condenado para colocá-lo de volta à presidência, agora vemos a política se resolver na base da pancadaria. O rumo, infelizmente, é o precipício. Se é para seguir nesse ritmo, que comecem a vender ingressos para os próximos debates, com cadeiras numeradas e pipoca. Só não esperem um debate de ideias, porque isso já ficou para trás.