Após pressão, João Maia e Robinson Faria aderem à CPI do INSS


A movimentação que levou os deputados federais João Maia (PP) e Robinson Faria (de saída do PL) a assinarem o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar fraudes no INSS vai além da pauta fiscal ou de combate à corrupção. Em meio a uma pressão crescente nas redes sociais e cobranças públicas, os dois parlamentares ajustaram suas bússolas políticas em direção ao eleitorado conservador e à base bolsonarista, que continua influente no Congresso Nacional.

Ambos divulgaram as assinaturas em suas redes sociais, num gesto que pode ser lido como resposta direta à opinião pública digital, mas também como um passo rumo às eleições de 2026, em que pretendem manter — ou reconquistar — protagonismo no cenário político potiguar.

“Assinei o requerimento de criação da CPMI do INSS atendendo à orientação do senador Ciro Nogueira”, justificou João Maia, que preside o PP no RN e vinha sendo cobrado por aliados.

João Maia faz parte da federação União Progressista, que é a junção do União Brasil e PP. Robinson Faria está saída do PL e pode ingressar no PL. Essa superfederação está se afastando do PT e sinaliza apoiar uma junção de centro e direita em 2026.