São Bento, cidade no sertão da Paraíba, virou um verdadeiro campo de batalha! Com apenas 34 mil habitantes, o município se tornou o epicentro de uma disputa eleitoral digna de cinema. De um lado, Gerferson Carnaúba (PSB), e do outro, Marcos Davi (PP). O que deveria ser apenas mais uma eleição no calendário político da cidade virou um espetáculo de poder, dinheiro e apostas exorbitantes!

Paredões de som gigantescos, desfiles de carros de luxo e ruas lotadas de militantes em uma verdadeira guerra para ver quem coloca mais gente na avenida. O que chama a atenção são as apostas astronômicas, que chegaram a ultrapassar 100 mil reais! Carros, imóveis, terrenos – tudo virou moeda de troca para quem acredita na vitória de seu candidato. Esse frenesi despertou a atenção da Polícia Federal, que não tardou a agir.

Na última quinta-feira (26/9), a Operação Coactum tomou as ruas de São Bento. A missão? Investigar um sofisticado esquema de compra de votos e aliciamento violento de eleitores, o temido "novo voto de cabresto". Segundo as autoridades, os suspeitos utilizavam controle territorial e violência para coagir os eleitores.

Mas o que realmente detonou essa operação foi um caso bizarro que ficará para a história: um bolo arrematado por 100 mil reais em um leilão da igreja local. Sim, um simples bolo! O objeto se transformou no símbolo de poder entre dois grupos políticos rivais, liderados por primos do padre, que disputavam quem teria mais força para arrematá-lo. Aquele que conseguisse pagar mais pelo bolo demonstraria sua superioridade política.

Bolo arrematado por R$ 100 mil em leilão de igreja chamou atenção do MP

O vencedor dessa disputa surreal foi Rafinha Banana. O Ministério Público imediatamente qualificou como ato de campanha. A operação da Polícia Federal agora mira um esquema ainda maior de transferências suspeitas: duas de 50 mil reais e um depósito adicional de 4 mil, tudo realizado por intermediários. As investigações continuam.

Mossoró

O cenário polarizado de São Bento remete a eleição de Mossoró, em 2012, quando a cidade viveu sua própria versão de uma batalha eleitoral épica. Naquele ano, as candidatas Claudia Regina (DEM) e Larissa Rosado (PSB) se enfrentaram na eleição mais polarizada da história política de Mossoró. Empresários despejaram rios de dinheiro nas campanhas, tornando a disputa um verdadeiro jogo de poder e influência. Claudia Regina saiu vitoriosa, mas seu mandato foi curto. Após apenas 11 meses no cargo, ela foi cassada por abuso de poder.

Descida do Alto na campanha de Cládia Regina em 2012