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Mauro Cid: 'Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser'


Áudios divulgados nesta noite pela revista Veja revelaram alegações de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, sobre pressões e manipulações por parte da Polícia Federal. Segundo Cid, ele foi coagido a corroborar declarações de testemunhas e constrangido a fornecer informações sob ameaça de perder os benefícios de seu acordo.

Nos áudios divulgados, Cid mostra indignação com as táticas empregadas pelos policiais, alegando que eles insistiam para que ele desse informações que ele não possuía ou que não condiziam com a verdade dos fatos. "Eles queriam que eu falasse coisas que eu não sei, que não aconteceram", disse Cid em uma das gravações. Ele também reclamou que suas declarações foram distorcidas e que certas informações foram retiradas de contexto ou convenientemente omitidas pela Polícia Federal.

Além disso, Cid, que afirma ter sido mantido preso ilegalmente por meses sem denúncia, acusa os delegados de incluírem em sua delação apenas relatos que se encaixavam na "narrativa" que eles queriam construir. "Eles já têm a narrativa pronta deles, é só fechar", afirmou Cid.

Uma das alegações mais graves feitas por Cid é dirigida ao ministro Alexandre de Moraes, a quem ele acusa de ter uma sentença pronta e de exercer poderes judiciais de forma arbitrária. "O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser", disse Cid nos áudios divulgados pela Veja. Ele sugere que Moraes já tem uma sentença preparada e está apenas aguardando o momento oportuno para denunciar e prender Bolsonaro. 

“A cama está toda armada. Os bagrinhos estão pegando 17 anos. Teoricamente os mais altos vão pegar quantos?”. disse.