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José Agripino: O líder sem liderança no União Brasil do Rio Grande do Norte


Por: Ismael Sousa

A situação do ex-senador José Agripino, atual presidente do União Brasil no estado é vergonhosa. Ele é um líder político que não lidera. A crise de liderança de Agripino ficou evidenciada hoje quando os dois deputados federais do União Brasil, Paulinho Freire e Benes Leocádio, juntamente com o deputado estadual Taveira Júnior, decidiram apoiar a pré-candidatura de Salatiel de Sousa (PL) em Parnamirim. A decisão foi tomada em detrimento do projeto de Katia Pires, que havia sido lançada como vice na chapa da Professora Nilda (Solidariedade), com aval de Agripino.

A desunião interna no União no terceiro maior colégio eleitoral do estado, que é também a única cidade onde Bolsonaro venceu nas últimas eleições, expõe a fragilidade da liderança de Agripino dentro do partido. 

O motivo por trás dessa erosão da liderança de Agripino é, em grande parte, a dinâmica do poder dentro do próprio partido. Agripino, ciente de que não pode confrontar deputados de mandato, vê sua influência diminuída pela necessidade de acomodar as demandas e interesses desses parlamentares. A distribuição de recursos do fundo partidário e eleitoral, é controlada pelos deputados federais, o que coloca Agripino em uma posição subordinada e muitas vezes sem alternativa.

Agripino hoje é uma pedra no sapato do União Brasil do RN, que pode implodir as alianças com demais partidos na eleição de Paulinho Freire à prefeitura de Natal e, quem sabe, ao governo do Estado com o PL do senador Rogério Marinho. O caminho natural é a saída de Agripino da presidência da legenda após o pleito municipal.