Foto: Edilberto Barros (CMM)
O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Genilson Alves (UB), revelou nesta sexta-feira (3), em entrevista ao programa Cenário Político (TCM), que o Poder Legislativo tem uma dívida acumulada de mais de R$ 3 milhões. Segundo ele, o montante, herdado da gestão anterior de Lawrence Amorim (PSDB), ultrapassa o valor do duodécimo de janeiro, estimado em R$ 3,2 milhões.
Os débitos incluem salários atrasados, 13º salários e férias de assessores, servidores e vereadores. Os edis cobram salários de novembro e dezembro. Genilson afirmou que a prioridade de sua gestão será regularizar a situação até o meio do ano. "Com a ajuda dos vereadores, nossa meta é até junho quitar toda essa dívida herdada. Nós temos 11 duodécimos para pagar 12, porque um já está comprometido", disse.
O presidente pediu paciência e colaboração dos 20 vereadores para que o cronograma de pagamento seja cumprido. "O valor do débito da Câmara é maior que a folha deste mês de janeiro", concluiu.
Entenda:
O ex-vereador Lawrence Amorim, que presidiu a Câmara até 31 de dezembro, deixou pendentes os salários dos vereadores referentes aos meses de novembro e dezembro. Lawrence acusou o prefeito Allyson Bezerra de reduzir os repasses do duodécimo ao Poder Legislativo, informando que o repasse de dezembro foi 50% menor do que o previsto.
A crise política entre os dois também envolve dívidas da Câmara com o Previ-Mossoró. O caso foi judicializado, e o município saiu vitorioso, bloqueando R$ 578 mil do duodécimo. Lawrence chegou a propor aos vereadores o parcelamento da dívida, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, controlada por aliados do prefeito, rejeitou a proposta.
