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Câmara de Mossoró: A pior legislatura da história – e a próxima pode ser pior ainda


Há quem diga que é impossível piorar. Mas quando se trata da atual legislatura da Câmara de Mossoró, sempre há uma surpresa desagradável à espreita. Venho batendo nessa tecla há tempos: estamos testemunhando a pior composição de vereadores da história. E, por incrível que pareça, a próxima pode ser ainda mais decepcionante.

Os poucos nomes que ainda elevam o debate, como Lawrence Amorim, Tony Fernandes e Carmem Júlia, estão de saída. Não vão renovar seus mandatos. Enquanto issovemos uma enxurrada de candidatos que, convenhamos, priorizam mais os murrinhos, pulinhos e piruetas para a plateia do que o trabalho sério de legislar. O cenário é dominado pelos “candidatos lagartixa”, aqueles que estão ali apenas para balançar a cabeça e dizer "sim, senhor" ao Palácio, sem qualquer independência ou compromisso real com o povo.

Vereador independente é quase uma peça de museu na política mossoroense. O que mais assusta é o famigerado "chapão da morte" do União Brasil, onde o prefeito Allyson Bezerra conseguiu a proeza de aglutinar 14 vereadores de mandato, trancá-los num quarto escuro e, com a chave perdida, esperar que se matem pelo sacrifício da sobrevivência.

O prefeito já tem seus favoritos. João Marcelo e Thiago Marques foram acomodados confortavelmente no Solidariedade e no PSD, partidos que funcionam como um ninho de proteção. Já os outros, coitados, que briguem entre si no chapão, pois a sobrevivência política ali será na base do tapa, enquanto Allyson assiste de camarote.

O que nos resta? Uma certeza: se a atual legislatura já é um desastre, a próxima promete ser uma tragicomédia de gosto amargo. Quem dera pudéssemos esperar mais, mas o que se vislumbra no horizonte é um verdadeiro show de lagartixas.